Organização financeira para casais
A organização financeira é muito importante e deve ser praticada em todas as fases das nossas vidas. É possível, inclusive, ensinar crianças sobre esta organização e educá-las de forma que esse aspecto seja relevante e praticado por elas.
Contudo, muitas pessoas passam grande parte da vida lidando com o dinheiro de forma aleatória e levam essa prática para o relacionamento a dois, provocando atitudes indevidas, que causam preocupações futuras e tiram a paz do casal.
O ideal mesmo seria que todo casal, antes de oficializar a união, colocasse em pauta a organização das finanças, pois quando há um planejamento prévio, apesar dos imprevistos que possam surgir, as chances de uma surpresa desagradável são bem menores.
Mas, se você já está dividindo a sua vida com alguém e tem sofrido com a desorganização financeira conjugal, sempre é tempo de colocar as coisas em ordem e dar mais tranquilidade à relação, pois não há dúvidas que problemas financeiros tiram a paz de qualquer casal.
Por mais que gere um desconforto inicial e seja necessário sair da zona de conforto, mudar algumas atitudes simples podem gerar grandes transformações! Para auxiliar nesse processo, daremos algumas dicas. Então continue a leitura e inicie a mudança!
Empatia, compreensão e ausência de julgamentos
É importante que se tenha em mente que o momento é de mudança e pode gerar algum desconforto, o que é normal. Mas é essencial que haja respeito e empatia, para que o processo aconteça de forma leve, sem rancores e traumas.
Levantamento de despesas, receitas e dívidas vencidas
O primeiro passo é mensurar qual o valor da receita do casal e selecionar quais são as despesas fixas indispensáveis, como água, energia elétrica, internet, TV por assinatura, alimentação, entre outras. De preferência, registre tudo em uma planilha.
Em seguida, façam um levantamento de dívidas vencidas ou a vencer. Sejam transparentes e não escondam nada, mesmo que alguma dívida tenha sido feita sem que outro saiba, todas elas precisam ser reveladas. Não se esqueça da compreensão e da empatia neste momento!
Lembre-se de analisar com critério as faturas dos cartões, caso eles existam, e anotar as parcelas que ainda irão vencer. Dívidas com pessoas físicas ou vendedores autônomos também devem ser levadas em consideração.
Estabeleça como a renda será administrada
Concluída a primeira etapa, cheguem a um acordo sobre como e com quanto cada um contribuirá com as despesas. Perguntas simples como: “As rendas serão unificadas?” ou, “Cada um assumirá determinadas despesas?”, podem nortear a discussão.
Se o casal escolher dividir o pagamento das despesas, é importante que a divisão seja coerente com o valor da renda de cada um. Caso a decisão seja unificar as rendas, já não há esta preocupação.
Adeque as despesas à realidade financeira do casal
Se houver dívidas vencidas, priorize quitá-las e organize-se para que toda a despesa, inclusive as dívidas que ainda vencerão, estejam incluídas no orçamento mensal. Se o valor total das despesas for maior que o das receitas, será preciso cortar alguns gastos.
Verifique, então, o que não é essencial ou que pode ser substituído por uma opção mais barata. Se possível, busque fazer algo que gere uma renda extra. Talvez essa seja uma boa oportunidade, inclusive, de conexão entre o casal!
Tenham objetivos em comum
Identifique quais são os sonhos, objetivos e prioridades do casal, pois, por mais que tenhamos projetos individuais, quando dividimos nossa vida com alguém precisamos ter planos juntos.
Estes planos podem incluir a aquisição de um bem, a reforma da casa, uma viagem, a chegada de um filho, o investimento em um negócio próprio… mas, o importante é que seja um interesse ou um sonho comum aos dois.
Tomem decisões juntos
Toda decisão que envolva finanças deve ser tomada em conjunto. Dos gastos mais simples aos mais complexos, todos eles devem ser planejados pelo casal de forma que, se algo der errado, nenhum será culpado pelo outro.
Separe um valor para realizações individuais
Outro aspecto que deve ser levado em consideração é a separação de uma quantia para os gastos individuais de cada um, pois todos temos necessidades particulares que devem ser atendidas.
Portanto, saber que teremos como suprir essas demandas é muito importante para a auto estima e, consequentemente, para estar bem com o outro. Até mesmo para fazer um mimo ao parceiro é bom ter uma reservinha, não é mesmo?
Poupem e façam investimentos
Existem muitas opções de investimentos que podem fazer render o dinheiro do casal. Às vezes, ficar com um valor guardado, em um local de fácil acesso, pode fazer com que o gastemos sem planejamento prévio, o que pode gerar arrependimentos.
Inclusive, havendo possibilidade financeira, o casal pode incluir no orçamento mensal uma porcentagem da receita para investimento. Essa atitude poderá ser útil para que o casal realize um projeto futuro ou para ser usado em uma situação de emergência.
Dedique parte do dinheiro para o lazer a dois
Por mais que a situação financeira esteja complicada, não deixem de ter um tempo de lazer juntos. O importante é que vocês usufruam de um tempo de qualidade como casal, fortaleçam os laços afetivos e tenham motivação para continuar a jornada a dois.
Diálogo é fundamental
Por fim, revisem as metas e tracem novas estratégias e objetivos, caso sejam necessários. Sempre com muito diálogo e respeito, pois não existe uma receita exata a ser seguida, existe a forma que dá certo para cada casal.
Então, procurem um ponto de equilíbrio e iniciem a mudança, pois o momento é agora. Não esperem mais! Se todo o processo for baseado em empatia, compreensão e respeito, a transformação, certamente, será para melhoria do relacionamento.