Atualmente, o ensino básico não oferece assuntos financeiros e disciplinas que ensinam questões econômicas, sendo aplicado em algumas escolas como matéria especial. Infelizmente, tal carência de assuntos financeiros no ambiente escolar implica nas finanças dos brasileiros e na economia brasileira, visto que ao final da carreira estudantil, após o ensino médio e ao ingressar no mercado de trabalho, as pessoas possuem muita dificuldade em administrar suas finanças que, sem controle e instrução, se afogam em dívidas.

Muitos brasileiros saem do ambiente escolar sem a compreensão de aplicações financeiras, cálculo de juros e transações e até mesmo sem saber a realizar pagamentos. Vale ressaltar que somente incluir tais assuntos econômicos no currículo escolar básico não garante que esses conhecimentos sejam levados aos alunos, visto que a ausência de qualificação da gestão pública e o desinteresse de professores e alunos fazem parte do cotidiano dos sistemas públicos de educação.

Com base no estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cerca de 77,9% dos brasileiros entraram endividados em 2023. O grupo de pessoas que compõem esses sujeitos é formado, na maioria dos casos, por indivíduos entre 26 e 40 anos. O valor médio das dívidas é de cerca de R$ 4.493,90 e, na maior parte das vezes, está associado à inflação e aos altos juros, consequências acometidas desfrutadas muitas vezes pela falta de conhecimento sobre questões financeiras no ambiente escolar.

Quais atitudes podem solucionar esse problema?

Felizmente, tais problemas conseguem ser solucionados por meio de medidas, como:

• Formulação de reforma de gestão no sistema de educação brasileiro para melhorar o aprendizado no país.

• Utilização de mais recursos para criação de cursos e materiais didáticos para proporcionar a qualificação do ensino nas escolas e instituições.

• Disponibilidade de mais vagas de estágios e cursos gratuitos para pessoas de renda baixa já existentes no mercado oferecidos por entidades como o Sebrae, ONGs e pelo terceiro setor.

Dessa forma, tais atitudes podem não somente solucionar a carência financeira existente na sociedade, mas também beneficiar a economia brasileira, como por exemplo, diminuir a desigualdade social, fazendo com que mais pessoas tenham mais oportunidades, mudança de vida social e até mesmo a influência na inserção de cursos do ensino superior, incentivando e visando mais melhorias educacionais e sociais.

Após o período pandêmico ocasionado pelo COVID-19 a base estudantil governamental tem enfrentado dificuldades para lecionar e promover a educação de maneira efetiva e qualificada, sendo necessário recursos diferenciados para enobrecer o conhecimento dos alunos brasileiros. Isso relaciona-se e impacta também a economia e a educação financeira, que se tornaram vulneráveis e impactadas.

Por esse motivo, tais questões devem ser tratadas com importância diante da sociedade, para garantir que o quadro do sistema educacional financeiro não venha a declinar cada vez mais e principalmente, não venha possivelmente prejudicar medidas e ideias propostas para inserir a educação financeira no ensino público.